Todo ano tem seca. Você está preparado?

By Agro Sem comentários

A preparação para a estação seca é essencial para garantir a sustentabilidade e o sucesso da atividade

A chegada da estação seca é um período crítico para os pecuaristas, pois traz consigo uma série de desafios que podem afetar diretamente a lucratividade e a sustentabilidade dos negócios. A escassez de chuvas reduz a disponibilidade de pastagens, comprometendo a nutrição do rebanho e aumentando os custos de produção. Diante desse cenário, é fundamental estar preparado para enfrentar os impactos da seca e garantir o bem-estar dos animais e a rentabilidade da atividade pecuária.

Uma das medidas mais importantes que os pecuaristas podem tomar para enfrentar a estação seca é o planejamento estratégico de alimentação. Durante esse período, as pastagens apresentam crescimento limitado e não conseguem mais alimentar o rebanho como ocorre no período das chuvas, tornando essencial a suplementação com alimentos alternativos, como silagem, feno, outros volumosos e até mesmo ração. No entanto, para garantir a disponibilidade desses alimentos quando mais precisamos, é necessário um planejamento cuidadoso.

Investir na produção e armazenamento de volumosos durante a estação chuvosa é fundamental para garantir um suprimento adequado durante a seca. Isso pode incluir a plantação de culturas para silagem como o milho e o sorgo, e a construção de estruturas para armazenar e conservar os alimentos, como silos e galpões. Além disso, é importante considerar a qualidade nutricional dos volumosos produzidos, garantindo que atendam às necessidades específicas do rebanho. Há também a opção de se fazer o diferimento das pastagens, que basicamente se resume a vedar uma determinada área para que o pasto cresça e seja consumido somente na época seca.

Prejuízo da falta de volumoso:

A falta de comida durante a estação seca pode ter consequências devastadoras para o rebanho e para o bolso do produtor. Quando os animais não recebem uma dieta adequada, seu desempenho e saúde podem ser comprometidos, levando a uma redução na produção de leite e carne, perda de peso, aumento da incidência de doenças e até mesmo mortalidade. Além disso, a escassez de alimentos pode levar os animais a buscar comida em áreas inadequadas, causando danos às pastagens, ingerindo plantas tóxicas e aumentando os custos de produção.

Do ponto de vista financeiro, os prejuízos causados pela falta de comida para o rebanho podem ser significativos. Além dos custos adicionais associados à compra de alimentos suplementares, os produtores também podem enfrentar perdas de receita devido à redução na produção e na qualidade dos produtos vendidos. Isso sem falar nos custos indiretos, como o tempo e o esforço necessários para lidar com os problemas causados pela escassez de alimentos.

Diante desses desafios, é fundamental adotar estratégias para mitigar os impactos da seca e garantir a sustentabilidade e o sucesso da atividade pecuária. Além do planejamento de volumosos, outras medidas importantes incluem o manejo adequado dos recursos hídricos, a diversificação das fontes de alimento e a adoção de práticas de manejo sustentável das pastagens.

O manejo eficiente dos recursos hídricos envolve a construção de infraestrutura para captação e armazenamento de água da chuva, o uso de técnicas de irrigação eficientes e a implementação de práticas de conservação do solo e da água. IAlém disso, a diversificação das fontes de alimento pode ajudar a garantir um suprimento constante de alimentos para o rebanho durante a estação seca. Isso pode incluir a introdução de culturas forrageiras resistentes à seca, o cultivo de leguminosas para suplementação proteica e a utilização de subprodutos agroindustriais como alimentos alternativos.

Por fim, a adoção de práticas de manejo sustentável das pastagens, como o rodízio de pastagem e ajustes da taxa de lotação, pode ajudar a melhorar a resistência das plantas à seca e promover a recuperação das áreas degradadas. Isso pode aumentar a capacidade das pastagens de sustentar os animais durante a estação seca e reduzir a necessidade de suplementação alimentar.

Em resumo, a preparação para a estação seca é essencial para garantir a sustentabilidade e o sucesso da atividade pecuária. Ao investir no planejamento de volumosos, adotar medidas para mitigar os impactos da seca e promover práticas de manejo sustentável, os pecuaristas podem enfrentar os desafios da seca com confiança e assegurar o bem-estar de seus animais e a viabilidade de seus negócios.

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Autor:

Eduarda - Autora do conteúdo Controle estratégico de carrapatos

Eduarda Viana

Zootecnista

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Bem-estar animal: conheça alguns indicadores

By Agro Sem comentários

A avaliação e o monitoramento desses indicadores são essenciais para garantir o conforto dos animais

A preocupação com o bem-estar dos animais é uma área de estudo que analisa o estado deles em relação ao ambiente em que vivem. Inicialmente, esse termo ganhou destaque devido à demanda dos consumidores por conhecer a origem dos produtos que consomem. Contudo, a ciência demonstrou que o bem-estar animal desempenha um papel crucial na produtividade, especialmente na produção leiteira.

Estudos revelam que vacas em boas condições de bem-estar tendem a produzir mais leite, enfrentar menos problemas reprodutivos, apresentar melhor saúde e permanecer mais tempo no rebanho. Por outro lado, animais sob estresse tendem a ter menor produção de leite, menor consumo de alimentos, maior suscetibilidade a doenças, problemas reprodutivos aumentados, dificuldades de manejo e permanência reduzida no rebanho, além de aumentar os custos com tratamentos quando doentes.

Para garantir o bem-estar animal e permitir que expressem todo o seu potencial genético, é essencial considerar a nutrição, a estrutura da propriedade e o conforto. Isso envolve a avaliação de diversos critérios, como a alimentação adequada, instalações apropriadas, saúde dos animais e comportamento. Para isso, foram desenvolvidos indicadores que auxiliam no monitoramento do bem-estar dos animais:

Vacas

Índice de ocupação de cama:

Este índice está relacionado ao tempo que os animais passam deitados, refletindo o conforto das camas. Camas duras e compactadas podem resultar em menos tempo deitado, o que prejudica a produção de leite. O ideal é que as vacas permaneçam no mínimo 12 horas deitadas.

Escore de locomoção:

Este é um indicador importante para identificar animais com dificuldades de locomoção, o que afeta negativamente a produção de leite e aumenta o estresse. O escore varia de 1 a 5, sendo 1 para uma locomoção perfeita e 5 para dificuldades graves. Observar e registrar o escore ajuda na identificação precoce de problemas.

Índices de sujidade do úbere e do corpo:

Esses indicadores revelam o nível de higiene do ambiente em que os animais estão. A sujeira aumenta o risco de problemas de saúde, como mastite. Avaliar esses índices, preferencialmente na sala de ordenha, permite identificar áreas que necessitam de melhorias.

Escore de jarrete:

Este indicador mostra o conforto das camas ou do pasto onde os animais permanecem. Lesões nos jarretes podem indicar problemas futuros de locomoção. O escore varia de 1 a 3, sendo importante monitorar para evitar desconforto e lesões.

A avaliação e o monitoramento desses indicadores são essenciais para garantir o conforto dos animais e, consequentemente, melhorar a produtividade e o retorno econômico da atividade pecuária.

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Como está a colheita do milho para silagem na sua propriedade?

By Agro Sem comentários

Você que ainda não iniciou a colheita, já se planejou?

Estamos em plena época de colheita de milho para silagem, e segundo o Informativo Conjuntural (ABRAMILHO), a área plantada de milho silagem atingiu aproximadamente 80% da projeção total para a Safra 2023/2024. Concomitantemente, a colheita destinada à confecção de silagem de planta inteira alcançou 25% dos cultivos. Para esta safra, está prevista uma área cultivada de 364.291 hectares, com uma produtividade estimada de 39.088 kg/ha.

É importante que o produtor esteja preparado para saber o momento certo da colheita e ter o melhor aproveitamento possível, evitando assim, grandes prejuízos. Portanto, hoje nós vamos falar dos principais pontos a serem analisados durante a colheita do milho para se ter uma silagem de qualidade. 

Antes de iniciar a colheita é necessário um planejamento:

  1. Se o maquinário é próprio, deve-se revisar os equipamentos, e avaliar a qualidade e regulagem da faca e contrafaca para o melhor processamento dos grãos e padronização no tamanho de partículas;
  2. Vai precisar alugar máquina? Agendar com antecedência, monitorando a matéria seca da planta;
  3. Planejamento estratégico de compras de materiais: lonas de vedação, lonas com barreira de oxigênio, e, caso for utilizar, compra de aditivos/inoculantes;
  4. Dimensionar quantos caminhões serão necessários para transportar o material da área colhida e quantos tratores para compactação.

Feito o planejamento pré-colheita, o que deve ser analisado na hora de colher o milho?

1) Ponto de colheita:

O ponto ideal é aquele que vai permitir maior matéria seca digestível por hectare, vai depender da máquina a ser utilizada na colheita. Existem dois métodos para se avaliar o ponto de colheita: matéria seca da planta e/ou pela “linha do leite”.

  • Matéria seca;
  • O ponto ideal é colher quando a planta estiver entre 30 a 37% de matéria seca, a depender da máquina a ser utilizada na colheita;
  • Colhedora tracionada por trator, sem cracker (equipamento utilizado para quebra de grãos): entrar com 30% de matéria seca. Ao iniciar a colheita em 30% perde-se um pouco de amido, mas aumenta o processamento do grão e, consequentemente, o aproveitamento deste. Colhedoras automotrizes permitem a colheita com a planta acima de 34% de matéria seca.
  • O nível de processamento ideal é quando o milho é dividido em pelo menos 4 partes. Quanto mais duro, ou seja, maior a matéria seca, mais difícil o processamento pelas colhedoras tracionada por trator;
  • Para a análise de Matéria Seca, que pode ser feita na própria fazenda utilizando-se de microondas ou fritadeiras elétricas (Air fryer), deve-se colher uma amostragem de 10 a 15 plantas, evitando bordaduras, as amostras devem ser picadas e homogeneizadas.
  • Cuidado no momento de fazer a amostragem: Colher a planta depois de chuva ou durante o orvalho, pode mascarar a matéria seca atual;
  • Linha do leite;
  • Mais rápido e prático de avaliar o ponto de maturação do milho;
  • Delimita a fração de amido depositada no grão entre a fase sólida (farinácea/dura) do grão e a fase pastosa, de cima pra baixo;
  • Para colhedoras tracionadas: colher entre ¼ a ? da linha do leite;
  • Para colhedoras automotrizes: colher entre ½ e 2/3 da linha do leite.

Se as lavouras forem ensiladas antes do ponto ideal, o rendimento e a matéria seca da silagem será menor, afetando no custo final da tonelada (por Kg de matéria seca) e a alta umidade pode influenciar em fermentações indesejáveis, causando perdas do material ensilado, além da produção de efluentes causando perdas de nutrientes por lixiviação. Se a ensilagem ocorrer acima do ponto ideal de colheita podem ocorrer falhas na compactação, ocorrendo a retenção de oxigênio e o favorecimento do desenvolvimento de fungos.

2) Tamanho de partículas:

O tamanho da partícula é fundamental para uma melhor densidade da massa de forragem, auxiliam no crescimento de bactérias fermentativas, favorecem o consumo pelos animais e atuam no funcionamento ruminal.

O ideal é utilizar o método das peneiras penn state durante o processo de ensilagem para avaliar o tamanho das fibras e regulagem das máquinas de corte, caso necessário. Nesse método, entre 45 ~65% das partículas devem ficar retidas na peneira de 8mm e de 3 a 8% na peneira de 19mm.

Ponto de colheita do milho

3) Compactação do silo:

A compactação adequada permite expulsar o máximo de ar possível do material colocado no silo. De modo geral, as silagens adequadamente compactadas devem apresentar densidade entre 600 kg/m³ a 800 kg/m³.

Para uma adequada compactação, deve-se comprimir o material que chega ao silo em camadas de até 30cm de espessura. O equipamento utilizado para compactação deve possuir peso igual ou superior a 40% da massa de forragem que chega ao silo por hora.

Além disso, o tempo de compactação ideal é de 1 a 3 minutos por tonelada de forragem depositada. O tempo de compactação deve ser sempre maior que o tempo de colheita.

Compactação

4) Vedação do material ensilado

O tempo de enchimento e compactação do silo deve ser o menor possível. O ideal é que o processo seja feito todo em 1 dia, porém, sabemos que áreas muito extensas e períodos de chuvas podem comprometer. Portanto, sempre que precisar parar e continuar no dia seguinte, é necessário fechar o silo com a lona para não permitir que o contato com o oxigênio e a respiração da planta recém cortada influenciem na fermentação.

Deve-se utilizar lonas de dupla face, com espessuras de 200 a 400 micras e a utilização de materiais pesados sobre a lona que permitem a aderência à massa ensilada, como pneus e/ou terra. Além disso, é recomendável o uso de lonas com barreiras de oxigênio, já disponíveis no mercado.

5) Tempo mínimo para abertura do silo e retirada da silagem:

O ciclo fermentativo de uma silagem completa-se com 21 dias, recomenda-se que a abertura do silo ocorra no mínimo com 30 dias. A retirada da silagem deve ser feita em camadas mínimas de 15-20 cm para minimizar a exposição da superfície ao ar.

Como o Esteio pode te ajudar?

O Esteio te ajuda a ter o controle de todos os custos durante todo o processo de produção da silagem. Desde o custo com plantio, adubação, colheita até ensilagem. Assim, é possível saber se produzir silagem na sua fazenda é vantajoso para o seu sistema.

Esteio
Esteio

É possível realizar compras estratégicas, gerar e retirar estoque dos itens e em cima do total produzido da silagem você consegue contabilizar no seu custo de produção o custo do volumoso consumido pelos animais em R$/kg.

Esteio
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Autor:

Sabrina Baltazar

Zootecnista
Analista de Negócios – Esteio Gestão

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Mastite no rebanho: conheça protocolos fundamentais para erradicar

By Agro Sem comentários

Primeiro vamos entender o que é mastite

A mastite se configura como um dos principais, se não o principal problema sanitário dos rebanhos leiteiros. Seu controle muitas vezes é dificultado pela falta de um diagnóstico mais específico, para se saber com o que está lidando.

De que forma o controle da mastite está ocorrendo na sua fazenda?

Em que um diagnótico pode te ajudar:

O que se sabe atualmente é que cada bactéria (causa mais frequente), levedura, alga e fungo tem um potencial inflamatório diferente na glândula mamária, portanto as formas de tratamento entre uma e outra muda de maneira considerável.

Ao investir na realização de um exame é possível definir as principais áreas que necessitam de mudança na fazenda. Isso porque a mastite além de subclínica (sem alterações visuais no leite) e clínica (com alterações visuais no leite) também é subdividida entre ambiental e contagiosa.

Os animais ficam predispostos à infecção à medida que os fatores de risco aumentam, sendo eles detalhados abaixo:

Fonte: Controle de Mastite e Qualidade do Leite – Marcos Veiga dos Santos

Diferença entre a mastite contagiosa e ambiental

Mastite Contagiosa

  • Têm perfil de transmissão entre vacas;
  • A glândula mamária é o principal foco de infestação dos patógenos;
  • A infecção ocorre geralmente de tetos contaminados para sadios no momento da ordenha;
  • As infecções são persistentes e com alto potencial de cronificação se comparados aos casos ambientais.

Mastite Ambiental

  • Os patógenos se encontram no ambiente, como no esterco, cama contaminada, solo e até mesmo a água;
  • Estes são considerados agentes oportunistas, ou seja, seu potencial de infecção vai levar muito em consideração a imunidade do animal;
  • As infecções nesses casos têm maiores frequências de casos clínicos graves, o que pode levar o animal à morte.

Observe o esquema abaixo:

Fonte: Controle de Mastite e Qualidade do Leite – Marcos Veiga dos Santos

Dentre as bactérias mais comuns, separamos para você a seguinte listagem:

O que fazer com este diagnóstico?

A partir de uma análise mais detalhada do perfil microbiológico da fazenda é possível traçar metas e estabelecer objetivos concretos de quais situações devem ser resolvidas primeiro, de maneira a ser mais eficiente nesta gestão.

Em situações de problemas generalizados de casos ambientais e contagiosos o que pode ser feito é:

  • Tratar primeiramente casos clínicos (quando necessário) em ordem de prioridade, por nível de gravidade, idade dos animais e fase da lactação;
  • Segregação em lotes diferentes para animais com mastites contagiosas e ambientais;
  • Linhas de ordenha, deixando animais infectados sempre por último;
  • Organização das áreas, certificando-se que os animais tenham acesso a água limpa, espaço de cocho e camas limpas;
  • Padronização dos processos que se referem à ordenha, seja antes, durante e após ordenha;
  • Após resolução dos casos clínicos, monitorar casos subclínicos principalmente no período de pós parto e pré secagem, pois nessas situações a chance de cura é maior.

No esteio essa gestão de ações fica facilitada à medida que as informações ficam armazenadas de maneira organizada, de acordo com a imagem abaixo:

Como mostrado, as infecções podem ser lançadas por análise composta (de todos os tetos), ou mesmo por teto. O que ajuda muito no monitoramento de casos clínicos e subclínicos, como também na escolha do melhor tratamento.

No sistema é possível realizar os lançamentos de casos de mastite, seja ela subclínica ou clínica. A partir do resultado do exame você consegue selecionar a(s) bactéria(s) causadora da infecção. Estas informações refletem em um relatório super completo que te informa de modo detalhado as principais bactérias tratadas na fazenda e também traça um perfil microbiológico da fazenda, te informando onde as principais mudanças precisam acontecer.

Viu como o Esteio pode te ajudar em cada passo?

Não perca mais tempo! Nós somos o seu aliado para erradicar a mastite do seu rebanho. Aproveite agora e eleve a saúde do seu rebanho à patamares mais altos. Estamos aqui para te auxiliar em cada passo.

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Autor:

Ryvia Cruz

Zootecnista
Analista de Negócios do Time Esteio

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A importância dos processos bem definidos na fazenda

By Agro Sem comentários

Em um cenário dinâmico e competitivo, como é o da pecuária brasileira, a importância de processos bem definidos na gestão da fazenda não pode ser subestimada. Ter procedimentos claros não apenas aumenta a eficiência, mas também contribui significativamente para o sucesso a longo prazo da operação

A definição clara de processos na fazenda é como ter um mapa para orientar cada atividade. Ao estabelecer procedimentos bem estruturados para tarefas diárias, como alimentação do rebanho, manejo de pastagens, rotina de ordenha e cuidados gerais, a equipe pode executar as atividades de maneira mais eficiente. Isso não só economiza tempo, mas também reduz os riscos de erros operacionais.

Tomada de decisões baseada em dados

Processos bem definidos facilitam a coleta e análise de dados. Ao documentar as etapas de cada atividade, os gestores têm acesso a informações valiosas sobre o desempenho do rebanho, eficácia das práticas agrícolas e custos operacionais. Esses dados informam decisões estratégicas, permitindo ajustes em tempo real para maximizar a produtividade e reduzir desperdícios.

Boi comendo no cocho

Redução de custos e sustentabilidade

Processos bem definidos não apenas aumentam a eficiência operacional, mas também contribuem para a gestão financeira da fazenda. Ao identificar áreas de melhoria e eliminar práticas desnecessárias, os custos operacionais podem ser reduzidos significativamente. Além disso, a eficiência resultante leva a uma abordagem mais sustentável, minimizando o impacto ambiental da operação.

Em um setor tão dinâmico quanto o Agronegócio, especialmente a pecuária, ter processos bem definidos é uma estratégia inteligente para enfrentar os desafios diários. A eficiência operacional, a tomada de decisões embasadas em dados e a redução de custos são apenas algumas das muitas vantagens que resultam da implementação de processos sólidos. 

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Eduarda Viana – @dicasdazootecnista

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Cuidado e controle: garantindo a qualidade do leite

By Agro 2 Comments

Os desafios associados ao uso de antibióticos na produção de leite é uma questão de suma importância para os pecuaristas e profissionais do setor lácteo. Isso se deve ao fato de que a qualidade e segurança alimentar do leite são avaliadas com base na ausência de substâncias estranhas à sua composição.

Os antibióticos desempenham um papel essencial na preservação da saúde e do bem-estar das vacas, sendo indispensáveis para o tratamento de diversas enfermidades, com destaque para a mastite, uma doença de significativo impacto econômico na pecuária leiteira. O tratamento da mastite clínica e o manejo de vacas secas são os principais motivos para o uso de antibióticos em vacas, sendo também a principal fonte de resíduos desses medicamentos no leite. É crucial observar que qualquer antibiótico administrado, independentemente da via de aplicação, pode deixar vestígios no leite.

Controle de qualidade na indústria

Todo leite que chega aos laticínios passa por uma triagem, composta por diversas análises realizadas antes de ser descarregado na linha de produção. Essas análises físico-químicas visam confirmar a ausência de fraudes e resíduos de antibióticos, conforme os parâmetros estabelecidos pela Instrução Normativa 76 do MAPA, datada de 26 de novembro de 2018.

Através dessas análises, é possível detectar a presença de antibióticos no leite por meio de testes específicos que identificam classes particulares desses medicamentos. Caso a presença desses contaminantes seja confirmada, todo o volume de leite afetado é descartado. Isso representa um prejuízo significativo tanto para o produtor, que muitas vezes arca com o custo do volume descartado, quanto para o laticínio, que fica impossibilitado de utilizar a matéria-prima na produção.

Como prevenir a presença de resíduos de antibiótico no leite?

Algumas ações que podem auxiliar no controle de resíduos incluem:

  • Estabelecer um eficiente programa de controle de mastite na propriedade, reduzindo assim a necessidade de antibióticos.
  • Ler atentamente a bula e respeitar o período de carência do medicamento, incluindo dosagem e via de aplicação.
  • Identificar todos os animais sob tratamento para evitar a mistura de leite entre vacas em tratamento e saudáveis.
  • Manter um registro detalhado dos animais em tratamento, incluindo o medicamento administrado, a data da primeira aplicação, o período de carência e a data prevista para retorno do leite ao tanque.
  • Treinar todos os colaboradores quanto ao uso adequado dos medicamentos, identificação dos animais e registro dos tratamentos.
  • Realizar a limpeza rigorosa de equipamentos e utensílios após a ordenha de vacas em tratamento.
  • Em caso de dúvida sobre o período de carência e a liberação do leite para o tanque, consultar o técnico do laticínio sobre a possibilidade de enviar uma amostra para análise laboratorial.

O controle de resíduos de antibióticos no leite é uma responsabilidade do produtor, exigindo atenção redobrada ao administrar esses medicamentos nas vacas. Esteja consciente dessas práticas para garantir a qualidade do leite e a sustentabilidade da produção.

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Inovação e tecnologia transformando a pecuária

By Agro Sem comentários

A adoção consciente da inovação, aliada a uma execução eficaz das práticas fundamentais, é a chave para o sucesso duradouro

A pecuária brasileira, que há anos desempenha um papel crucial na economia do país, está vivenciando uma verdadeira revolução impulsionada pela inovação e tecnologia. À medida que os desafios do setor aumentam, a necessidade de adotar práticas mais eficientes e sustentáveis torna-se indispensável.

A incorporação de tecnologias inovadoras está redefinindo o modo como os pecuaristas gerenciam seus rebanhos, impulsionando a produtividade e promovendo a sustentabilidade. Confira: 

Monitoramento inteligente

Um dos avanços mais notáveis na pecuária moderna é o uso de dispositivos de monitoramento inteligente para acompanhar a saúde e o comportamento do rebanho. Sensores implantados nos animais fornecem dados em tempo real sobre a temperatura corporal, padrões de movimento e até mesmo a atividade reprodutiva. Essas informações são essenciais para a detecção precoce de doenças, permitindo intervenções rápidas e eficazes.

Sistemas de gestão integrada

A gestão eficiente de uma fazenda requer um controle rigoroso de diversos aspectos, desde a nutrição dos animais até o gerenciamento de recursos naturais. Sistemas de gestão integrada utilizam inteligência artificial para analisar dados relacionados à produção, clima, solo e pastagens. Essa abordagem proporciona aos pecuaristas informações importantes para tomada de decisões, otimizando o desempenho do rebanho e a sustentabilidade ambiental.

Nutrição personalizada

A nutrição adequada é fundamental para o desenvolvimento e produtividade. Inovações tecnológicas estão permitindo a criação de dietas personalizadas com base em dados individuais de cada animal. Sistemas automatizados de alimentação controlam a ingestão de nutrientes, garantindo que cada bovino receba os elementos necessários para seu desenvolvimento. Isso não só melhora a eficiência da produção, mas também reduz o desperdício de alimentos.

Rastreabilidade 

A demanda global por alimentos seguros e sustentáveis trouxe à tona a importância da rastreabilidade na cadeia de produção. Tecnologias como blockchain permitem a criação de sistemas de rastreamento confiáveis, desde a origem do animal até o consumidor final, garantindo a qualidade dos produtos, agregando valor à produção e abrindo novos mercados para os produtos brasileiros.

Robótica na ordenha 

A automação através da robótica também encontrou espaço na pecuária, especialmente na ordenha. Sistemas robóticos de ordenha garantem eficiência e conforto para as vacas ao mesmo tempo em que liberam os pecuaristas para se concentrarem em outras tarefas da propriedade.

Um ponto de atenção

No entanto, é crucial reconhecer que, apesar do avanço significativo proporcionado pela tecnologia, alguns pecuaristas ainda resistem à modernização, mantendo práticas antiquadas. Aqueles que negligenciam a importância da inovação correm o risco de ficarem para trás em um mercado cada vez mais dinâmico. O básico bem executado continua sendo a base do sucesso na pecuária, e a combinação da tradição com as últimas tendências tecnológicas é o caminho para a sustentabilidade e competitividade a longo prazo. Aqueles que permanecem estagnados no passado podem encontrar dificuldades em enfrentar os desafios emergentes e acompanhar a crescente demanda por práticas mais eficientes e responsáveis. 

Conclusão

A adoção consciente da inovação, aliada a uma execução eficaz das práticas fundamentais, é a chave para o sucesso duradouro no universo em constante evolução da pecuária brasileira

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O impacto da colheita e armazenamento na qualidade da silagem

By Agro Sem comentários

Os produtores precisam dar a devida importância às práticas adequadas desde a colheita até o armazenamento

A produção de silagem tem um papel de destaque na alimentação bovina, tanto dos animais de corte quanto das vacas leiteiras, sendo uma estratégia essencial para garantir a disponibilidade de alimento de qualidade ao longo do ano. Contudo, a qualidade da silagem está intrinsecamente ligada às práticas de colheita e armazenamento. 

Colheita

O processo de colheita é o ponto de partida para a produção de silagem de alta qualidade. A escolha do momento certo para a colheita é fundamental, uma vez que afeta diretamente o teor de nutrientes da forragem. O ideal é colher a planta no estágio de maturidade adequado, quando atinge seu pico de valor nutritivo. Geralmente, isso ocorre quando a planta apresenta teor de matéria seca entre 32 e 35 %. Forragens colhidas com baixo teor matéria seca (ou alta umidade) têm maiores perdas por efluentes e fermentações indesejáveis, que comprometem a qualidade da silagem.

Outro aspecto a ser considerado durante a colheita é o tamanho das partículas da forrageira picada, as quais devem situar-se entre 8 a 15 mm. Isso se deve ao fato de que partículas maiores podem tornar a compactação no silo mais difícil, além de propiciar uma menor quebra dos grãos, resultando em uma redução na sua utilização pelos animais. Para isso é fundamental realizar a regulagem das máquinas.

Armazenamento

Após a colheita, o próximo desafio é garantir o armazenamento adequado da silagem. A exposição à umidade, oxigênio e luz pode comprometer e muito a qualidade final. Dessa forma, é fundamental adotar práticas eficazes de compactação e vedação para reduzir a entrada de ar e preservar a silagem.

A compactação adequada é essencial para eliminar bolsões de ar que podem favorecer o crescimento de microrganismos indesejados que vão afetar a fermentação. A utilização de equipamentos adequados, como tratores com peso suficiente, garantem uma compactação uniforme em toda a massa de silagem.

A vedação eficiente do silo também desempenha um papel crucial na preservação da qualidade. O uso de lonas impermeáveis ajuda a criar uma barreira eficaz contra a entrada de ar. Além disso, a inspeção regular do silo é fundamental para identificar e corrigir potenciais problemas que possam comprometer a vedação ao longo do tempo.

Perdas durante o processo

As perdas durante o armazenamento são inevitáveis, mas podem ser minimizadas com a implementação de estratégias eficientes. A utilização de aditivos específicos, como inoculantes microbianos, pode contribuir para a estabilidade aeróbica da silagem, reduzindo as perdas por deterioração.

Em resumo, o impacto da colheita e armazenamento na qualidade da silagem é inegável. Os produtores precisam dar a devida importância às práticas adequadas desde a colheita até o armazenamento, adotando estratégias que garantam a preservação dos nutrientes e a minimização de perdas. Ao investir nessas etapas, a produção de silagem de alta qualidade torna-se uma realidade, contribuindo para a nutrição eficiente do rebanho e, por consequência, para o sucesso da atividade pecuária.

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Autor:

Eduarda - Autora do conteúdo Controle estratégico de carrapatos

Eduarda Viana – @dicasdazootecnista

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Mão de obra na pecuária e seus desafios

By Agro Sem comentários

A gestão da mão de obra na pecuária é essencial para garantir a sustentabilidade e a prosperidade do setor

A pecuária, como um dos pilares da produção de alimentos, desempenha um papel vital na oferta global de carne e produtos relacionados. No entanto, para alcançar um sucesso duradouro e sustentável, é necessário que pecuaristas enfrentem de maneira proativa os desafios associados à gestão da mão de obra.

Ao observarmos com atenção o panorama da cadeia produtiva da pecuária, percebemos que a mão de obra desempenha um papel central e repleto de desafios. Compreender e abordar os desafios não apenas promove a eficiência operacional, mas também impulsiona a sustentabilidade do negócio, contribuindo para a garantia de um suprimento contínuo e responsável de produtos pecuários.

A complexidade da gestão da mão de obra na pecuária se manifesta em diversos aspectos, desde a sazonalidade intensa até a necessidade constante de atualização técnica. Neste contexto, examinaremos como os pecuaristas podem moldar estratégias que não apenas superam esses obstáculos, mas também fortalecem a base humana que sustenta o sucesso do setor.

Galpão de vacas

Desafios na gestão da mão de obra na pecuária

Sazonalidade e trabalho intenso:

A pecuária muitas vezes enfrenta picos sazonais de trabalho, como durante a época de reprodução e colheita de forragens. Isso cria desafios para a gestão da mão de obra, exigindo planejamento eficiente para evitar sobrecarga de trabalho e garantir a saúde e segurança dos trabalhadores. Além disso, muitas vezes as condições de trabalho em outros setores na cidade são mais atrativas, reduzindo ainda mais a oferta de mão de obra para atuar no campo.

Qualificação e treinamento:

A busca por mão de obra qualificada na pecuária é um desafio constante. Os pecuaristas precisam investir em programas de treinamento para garantir que seus funcionários estejam atualizados com as práticas mais recentes, promovendo eficiência operacional e bem-estar animal. 

Condições de trabalho:

As condições de trabalho muitas vezes envolvem ambientes desafiadores, exposição a elementos climáticos extremos e riscos associados à manipulação de animais de grande porte. Garantir boas condições de trabalho é essencial para a retenção de funcionários e a promoção de um ambiente de trabalho saudável.

Tecnologia e inovação:

A incorporação de tecnologias inovadoras na pecuária, como softwares, aplicativos e máquinas modernas, pode gerar resistência por parte da mão de obra, especialmente quando não há um programa de treinamento adequado. Integrar novas tecnologias de maneira eficiente requer um equilíbrio entre tradição e inovação.

Estratégias para superar os desafios

  • Planejamento estratégico: desenvolver um plano estratégico que antecipe os picos sazonais de trabalho, distribuindo tarefas de maneira equitativa e garantindo períodos adequados de descanso para os trabalhadores.
  • Investimento em treinamento: estabelecer programas de treinamento contínuo para a equipe, abrangendo boas práticas agrícolas, técnicas de manejo de animais, segurança no trabalho e o uso de novas tecnologias.
  • Melhoria nas condições de trabalho: investir em infraestrutura adequada, como instalações de manejo seguro para animais e colaboradores, alojamentos confortáveis, equipamentos de proteção pessoal e remuneração justa. Isso não apenas promove a segurança, mas também aumenta a satisfação e a produtividade dos funcionários.
  • Comunicação efetiva: manter uma comunicação aberta e transparente com a equipe é fundamental. Isso inclui explicar a importância das mudanças tecnológicas, ouvir feedbacks e promover um ambiente colaborativo.

A gestão da mão de obra na pecuária é essencial para garantir a sustentabilidade e a prosperidade do setor. Ao enfrentar os desafios com estratégias adequadas, os pecuaristas e técnicos podem criar ambientes de trabalho mais eficientes, seguros e atraentes, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da pecuária e atendendo às demandas crescentes por produtos de origem animal.

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Manejo de pastagens no período das águas

By Agro Sem comentários

O período de chuvas representa uma boa oportunidade para os produtores elevarem a produtividade e reduzirem os custos

O período de chuvas, predominantemente de outubro a março na maior parte do Brasil, representa uma boa oportunidade para os produtores elevarem a produtividade e reduzirem os custos associados à alimentação do rebanho. Contudo, uma gestão cuidadosa e planejada das pastagens é essencial nesse intervalo, a fim de otimizar os benefícios dessa temporada.

Durante as chuvas, as pastagens atingem aproximadamente 70% de seu potencial produtivo do ano. Devido à umidade abundante, temperaturas elevadas e maior incidência de luz, fatores cruciais para o desenvolvimento do pasto. No período seco, esses elementos tornam-se escassos, resultando em uma notável redução na produção das forrageiras.

Diante disso, é necessário que os produtores adotem uma abordagem estratégica no manejo das pastagens durante as chuvas. Isso não apenas maximizará a produção de forragens e o ganho de peso dos animais, mas também garantirá uma reserva adequada de forragem para o período de seca, prevenindo a perda de peso do rebanho.

Manejo durante o período das águas

Eis algumas ações que vão potencializar a produção de forragem nesse período:

  • Adubação e correção do solo: a adubação é crucial para fornecer nutrientes essenciais às forrageiras, promovendo o crescimento de folhas verdes e ampliando o sistema radicular para buscar umidade e nutrientes em camadas mais profundas do solo.
  • Controle de pragas e plantas invasoras: o manejo eficiente requer a vigilância constante contra plantas invasoras e pragas, que competem por nutrientes. Identificar e agir precocemente evita prejuízos significativos.
  • Avaliação do desempenho dos animais e uso de suplementos: monitorar o desempenho dos animais permite ajustar o manejo nutricional, otimizando o ganho de peso e a reprodução. A utilização de suplementos bem escolhidos, juntamente com a maior oferta de forragem, irá potencializar o desempenho dos animais.
  • Controle de entrada e saída dos animais dos piquetes: respeitar alturas e ciclos de entrada e saída em piquetes, de acordo com o sistema de pastejo, é essencial para garantir o consumo eficiente da forragem no estágio mais produtivo, sem prejudicar a rebrota.

Ao adotar práticas de manejo conscientes e estratégias adaptativas, os pecuaristas podem transformar a estação das águas em um período de crescimento exponencial. A gestão inteligente das pastagens não apenas impulsiona a produção de forragem, mas também preserva a sustentabilidade a longo prazo, garantindo um ambiente propício para o desenvolvimento do rebanho e o sucesso duradouro da atividade.

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